As cerimónias fúnebres de José da Silva Lopes vão realizar-se na quarta-feira, em Lisboa, informou este sábado a filha do economista, lembrando o pedido do economista para que o dinheiro que seria gasto em flores seja entregue a uma instituição de apoio a crianças.

José da Silva Lopes, economista, ex-ministro das Finanças e antigo governador do Banco de Portugal, faleceu na quinta-feira, em Lisboa, aos 82 anos, depois de ter estado hospitalizado durante uns dias.

As cerimónias fúnebres vão realizar-se na quarta-feira e estarão a cargo do padre Vítor Melícias, disse à agência Lusa a filha do economista. Ainda não se sabe a que horas se realizará o funeral, mas será possivelmente da parte da tarde.

Antes de morrer, Silva Lopes revelou a alguns familiares que preferia que, no seu enterro, as pessoas não gastassem dinheiro com flores, que “não iriam servir a ninguém”, disse Beatriz Martins, irmã do economista.

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Silva Lopes “achava que as flores não iriam servir a ninguém e, por isso, no seu pensamento de economista, pediu a quem pensasse oferecer flores que gastasse o dinheiro com uma instituição de apoio à criança. Podia ser o equivalente a um cravo, uma rosa, o que quisessem, e que entregassem ao Instituto de Apoio à Criança (IAC). Achava que seria mais útil para comprar medicamentos e o que a crianças necessitassem”, sublinhou a irmã do economista.

Silva Lopes iniciou a sua carreira no Ministério da Economia em 1955, em 1969 integrou o conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos e entre 1975 e 1980 foi governador do Banco de Portugal.

Integrou os primeiros quatro governos do pós-25 de abril, foi consultor do FMI e do Banco Mundial, tendo desempenhado recentemente o cargo de presidente do Montepio Geral.