O Presidente da República recomendou, esta sexta-feira, o estudo da atuação dos bancos centrais europeus, onde ocorreram resgates, liquidações de bancos ou resoluções, na sequência da crise, aos que não reconhecem mérito ao Governador do Banco de Portugal.
“Àqueles que, às vezes, não reconhecem o trabalho do doutor Carlos Costa, eu aconselhava a que estudassem a atuação dos bancos centrais dos países da Europa onde ocorreram, na sequência da crise, resgates, liquidações de bancos e resoluções. Há vários países onde isso aconteceu e, quando se faz essa comparação, verificamos que o Banco de Portugal fica muito bem classificado”, alegou.
No final de um dia em que visitou o concelho de Tabuaço, depois de ter passado por Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, Cavaco Silva evidenciou que “em Portugal existe um número reduzidíssimo de pessoas com a competência para exercer as funções de Governador de um Banco Central”.
“Em Inglaterra foi-se buscar o governador do Banco Central inglês ao Canadá: é um produto escasso. O doutor Carlos Costa, em minha opinião, é uma das pessoas raríssimas no nosso país com as competências para exercer o cargo de governador do banco central”, destacou.
No seu entender, a política monetária e as técnicas bancárias são matérias de tal ordem específicas e complexas, que a sua análise exige um conhecimento profundo.
“Penso que o doutor Carlos Costa é um dos pouquíssimos portugueses que tem um conhecimento aprofundado dessas matérias, não só porque trabalhou na banca portuguesa, mas porque foi vice presidente no Banco Europeu de Investimento”, concluiu.