Fazem parte da arquitetura de edifícios e representam estilos. Dão as boas-vindas a quem passa e os bons dias a quem está a acordar no interior, e servem de suporte a quem trava conversas longas com a vizinhança. Algumas surgem entre arcadas, outras distinguem-se pelos diferentes padrões de azulejos que as envolvem, há as de madeira e há as quem têm formas retangulares ou circulares. Janelas há muitas. E ainda bem para André Gonçalves, autor de Windows of The World — um projeto que reúne fotografias tiradas a janelas em diferentes partes do mundo.

O trabalho teve início há cinco anos, mas nos últimos tempos ganhou maior expressão. Nesta altura são mais de 3500 as fotografias que o projeto reúne. Évora, Guimarães, Lisboa, Burano e Veneza são alguns dos locais onde o fotógrafo encontrou janelas “à altura” do desafio.

Para André é interessante perceber “como uma janela com apenas um vidro entre nós e o mundo exterior nos transmite uma sensação de segurança”. É por isso que dá muita importância ao detalhe e sempre foi curioso “acerca da construção das janelas” e atento à “dedicação na sua construção e à maneira como se conseguem identificar os seus criadores e as suas épocas”. Por outro lado, enquanto fã de coleções, achou por bem registar todas as janelas que o fascinam e dar origem ao Windows of the World.

Ao Observador, o fotógrafo contou que enquanto viaja pelas ruas e olha em redor à procura do clique perfeito, há sempre quem o aborde querendo saber porque está a fotografar casas de outras pessoas. Depois de explicar o porquê, “todas ficam orgulhosas pelas suas casas terem sido escolhidas”.

A viagem é para continuar. No futuro, André espera conseguir representar todos os países do mundo e publicar um livro. “Vai ser muito interessante ver as diferenças únicas entre cada região”, diz.

Por agora, o convite é para que abra a janela da galeria de imagens inicial e aprecie as dezenas de janelas existentes pelo mundo que André já conheceu.

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