A Páscoa é o feriado cristão que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Celebra-se a um domingo, embora nunca com data fixa (em relação ao calendário civil), pois, há centenas de anos, definiu-se que o feriado seria assinalado no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de primavera. Ou seja, todos os anos a data varia. Mas o Papa Francisco quer que deixe de variar — o líder da Igreja Católica pretende que a Páscoa se passe a celebrar numa “data fixa, talvez na segunda semana de abril”, para que a data se aproxime da Igreja Ortodoxa.

O Papa Francisco deu conta desta intenção já a 12 de junho, ao discursar no Retiro dos Sacerdotes, que se realizou na Arquibasílica de São João de Latrão. Aí, o Sumo Pontífice lembrou, escreve o diário ABC, que desde os tempos do pontificado de Paulo VI (1963-1978) que a Igreja “procura uma unidade no feriado” da Páscoa. “O mais definitivo terá que ser uma data fixa que, suponhamos, poderá ser a segunda semana de abril”, chegou a sugerir.

O Papa, aliás, indicou que, mantendo as coisas como estão, se “corre o risco de, daqui a 60 anos, se acabar por festejar a Páscoa em agosto”. Porquê? Pois a cada ano se avançará uns dias até que ocorre a tal primeira lua cheia após o início da primavera. Por norma, essa lua cheia ocorre entre 22 de março e 25 de abril.

A Igreja Ortodoxa também celebra a Páscoa no domingo após a primeira lua cheia do equinócio de primavera, mas, habitualmente, o feriado não calha na mesma data da Igreja Católica. Isto porque os católicos se regem pelo calendário gregoriano, enquanto os ortodoxos respeitam, ao invés, o calendário juliano.

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