Eduardo Ferro Rodrigues, ex-secretário-geral do PS acusou na sexta-feira à noite os adversários políticos de querem usar a Grécia como vacina contra o PS e defendeu que as posições do partido nada têm a ver com o Syriza. “Os nossos adversários políticos querem colocar a Grécia como uma espécie de vacina contra o PS, mas isso é um absurdo”, afirmou Ferro Rodrigues em resposta a uma pergunta sobre uma eventual rutura com as políticas europeias, durante um debate com militantes da juventude socialista.

“Qualquer pessoa inteligente percebe que a posição do PS nada tem que ver com a posição do Syriza desde o princípio, desde antes de o processo grego ter começado”, disse Ferro Rodrigues, acrescentado que a posição do partido grego “foi uma posição suicidária, que levou a que o próprio Syriza esteja neste momento completamente esfrangalhado”.

Antes, na Universidade de Verão do PSD, o líder parlamentar Luís Montenegro, também não fugiu ao tema da Grécia e à ‘colagem’ do PS ao Syriza, chegando a dizer que a sua aproximação aos partidos de extrema-esquerda mostra que “é mais syrizista que o Syrira”. Ferro Rodrigues contrapôs dizendo que António Costa sempre recusou “essa rutura de ir contra tudo e contra todos, sem possibilidades de se triunfar“, tendo sabido não cair nessa tentação rápida e de imediatismo e procurar soluções com alianças ao nível europeu capazes de ir agora contra esta maré.

É por isso, acrescentou, que “as eleições portuguesas são muito importantes” já que tal como “as eleições espanholas, as gregas e aquilo que se está a passar na Itália e na Irlanda” determinarão “a possibilidade de recomeçar, ou não, um novo ciclo”, concluiu.

Ferro Rodrigues falava em Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras, num debate sobre “Refletir o presente, pensar o futuro”, que decorreu no âmbito do ‘YES Summer Camp’, um acampamento de jovens socialistas europeus que reune naquela estância balnear cerca de mil jovens.

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