O secretário-geral do PS, António Costa, prometeu esta noite repor na íntegra o vencimento dos funcionários públicos em 2016 e 2017, garantindo também para a classe a reposição imediata das 35 horas de trabalho semanais, caso seja eleito. “Os nossos compromissos são feitos na medida daquilo que sabemos serem as nossas capacidades. Por isso, dizemos: vamos repor na íntegra o vencimento dos funcionários públicos”, alegou.

Na sua intervenção num jantar comício, que decorreu em Mangualde, no distrito de Viseu, António Costa esclareceu que a reposição na íntegra dos vencimentos dos funcionários públicos não será feita de imediato. “Vamos fazê-lo em 2016 e 2017, porque só então o poderemos fazer. O nosso compromisso é com conta, peso e medida para poder ser cumprido”, acrescentou.

“Quem confiou no atual primeiro-ministro e o ouviu prometer que não aumentava os impostos que aumentou, que não cortava as pensões que cortou, como pode voltar a confiar nele nas próximas eleições?”, questionou o líder socialista, atirando contra a proposta de plafonamento da Segurança Social da coligação, onde “os que mais ganham vão poder descontar parte dos seus rendimentos”, tirando dinheiro que é do sistema público “para o aplicar em fundos privados”. “Mas quantos mais lesados do BES são necessários para perceberem a aventura que isto constituiria para as poupanças de cada um?” – questionou.

Costa disse que quem vai decidir nas urnas a eleição é quem nas ruas lhe diz “corra com eles, ponha-o na toca”. “São vocês que vão correr com eles no dia 4 de outubro.”

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O líder socialista deixou também a promessa de repor, de imediato, aos funcionários públicos o horário das 35 horas semanais. “Nós dizemos sim, nós reporemos de imediato o horário das 35 horas porque também fizemos as contas e sabemos que podemos repor de imediato as 35 horas na função pública”, assegurou.

Ao longo do seu discurso, António Costa defendeu que para se fazer política “é necessário ter as contas certas”.

“Este programa do PS não é só um programa de compromissos escritos: é também um programa de contas certas. Cada uma destas medidas foi avaliada no seu custo e no seu benefício”, realçou. No seu entender, não vale a pena prometer agora o que não forem capazes de cumprir caso venham a ser eleitos.