O candidato à presidência da República Orlando Cruz anunciou hoje que vai desistir a favor de Marcelo Rebelo de Sousa, no mesmo dia em que o candidato António Araujo da Silva também desistiu para apoiar Paulo Morais.
Em declarações telefónicas à Lusa, Orlando cruz explica que vai desistir por motivos de saúde e por indicação do médico.
“Vou desistir (…) depois de ter tido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Por pena minha, porque pela primeira vez ia levar a minha candidatura até ao fim, vou desistir, porque primeiro está a saúde”, disse, pedindo aos seus apoiantes para votarem no candidato Marcelo rebelo de Sousa.
Orlando Cruz, 63 anos, antigo militante do CDS, conta que a sua equipa teve uma reunião na Faculdade de Direito [da Universidade do Porto] com o Marcelo Rebelo de Sousa.
“Acordámos que eu desistiria a favor dele e, portanto, não continuo com a minha candidatura, com muita pena minha, (…) era mais uma voz para defender os mais desfavorecidos, as questões ambientais, os direitos humanos. Tenho pena”, declarou.
Orlando Cruz pediu a todos os seus apoiantes que apoiassem o professor Marcelo Rebelo de Sousa.
“É a pessoa mais capacitada para ser presidente da República de todos os candidatos”, defendeu, a creditando que “irá ser um grande Presidente da República” e assumindo que “na primeira volta teria que desistir a favor dele”.
O ex-militar António Araújo da Silva, 63 anos, disse hoje à Lusa, via correio eletrónico, que também desistia da sua candidatura à presidência da República e pediu aos seus colaboradores para apoiarem a candidatura de Paulo Morais na corrida a Belém.
“Venho com o presente e-mail informar de que hoje mesmo desisti de continuar com a minha campanha para candidato a Presidente da República, pelo que já não irei fazer esta semana a entrega das respetivas assinaturas por mim angariadas junto do Tribunal Constitucional”.
António Araújo da Silva, que apresentou a 13 de novembro no Porto a sua candidatura à Presidência da República, dizendo querer seguir a ideologia do general Humberto Delgado, explica que vai dar o seu apoio ao candidato Paulo Morais, “caso ele aceite”, porque este “candidato é como eu, um verdadeiro independente de partidarização”.
As eleições presidenciais em Portugal estão marcadas para o próximo dia 24 de janeiro de 2016.