A corrida para a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais americanas tem passado um pouco ao lado dos holofotes, que têm estado mais virados para os republicanos e para as constantes polémicas e bate-boca, principalmente por parte de Donald Trump. No entanto, as coisas também começam a aquecer do lado dos democratas.
Uma sondagem do Wall Street Journal, da NBC News, e da Marist mostra que Hillary Clinton, grande favorita à nomeação, e Bernie Sanders estão praticamente empatados em dois Estados importantes para a decisão nacional – Iowa e New Hampshire.
A três semanas da votação, Clinton tem uma ligeira vantagem sobre o senador do Vermont na Iowa (45% a 48%). Já Sanders detém uma vantagem ligeiramente maior no New Hampshire (46% a 50%).
Estes números confirmam que o favoritismo de Hillary Clinton não é assim tão garantido e uma potencial derrota nestes estados representaria um golpe duro nas aspirações da antiga Secretária de Estado. Por outro lado representaria um enorme empurrão a Bernie Sanderns, até agora visto como uma personagem quase secundária na luta eleitoral democrata.
Para além disso, e em relação às eleições gerais, e igualmente no Iowa e New Hampshire, Sanders aparece como o favorito para recolher o maior número de votos, mantendo-se à frente de Clinton. Já comparando com os republicanos, Sanders está colocado à frente de Ted Cruz, Marco Rubio e de Donald Trump no New Hampshire, mas no Iowa regista-se um empate com Rubio, ambos atrás de Cruz e Trump.
A sondagem verificou também uma vantagem de Clinton sobre Trump (40% vs. 48%) no Iowa, mas ambos mantêm-se empatados no New Hampshire.
Outro dos aspetos estudados neste trabalho reflete também as posições e as pretensões quer de democratas e republicanos. É que dois terços dos eleitores que, provavelmente, votarão nos republicanos no Iowa e New Hampshire gostariam que os Estados Unidos enviassem tropas para o Iraque e para a Síria para combater o Estado Islâmico.
Já 80% das pessoas com maior probabilidade de votar no candidato democrata querem que o novo presidente dê destaque à problemática das alterações climáticas, aprove leis para o controlo da venda de armas e que comece a criar o caminho para legalizar os imigrantes ilegais no país.
