A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, classificou esta sexta-feira de “muito pobre” o Programa Nacional de Reformas do Governo PS e acusou o Governo de aumentar as taxas sobre combustíveis sem avaliar o impacto no quotidiano.
“Neste momento, estamos a discutir um plano nacional de reformas, mas o plano nacional de reformas quando passa ao lado de todas estas matérias, de facto é um plano muito pobre”, declarou Assunção Cristas, à margem de uma visita à empresa nortenha de transportes de carga Transfradelos, na localidade de Balazar (Póvoa de Varzim).
Assunção Cristas criticou o Governo por estar a aumentar e onerar “a taxa sobre os combustíveis sem ter a preocupação de avaliar em concreto o que é o impacto no quotidiano das empresas portuguesas e na criação de riqueza por parte das empresas portuguesas”.
“Quando nós precisamos de criar emprego, quando nós precisamos que as nossas empresas sejam competitivas, então em primeiro lugar temos que dar condições para essa competitividade”, afirmou a ex-ministra da Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.
De acordo com a presidente do CDS-PP, os sucessivos aumentos nos combustíveis estão a “pôr em causa todo um setor [dos transportes] que sofre muitas dificuldades”.
Cristas alertou que se o preço da gasolina e do gasóleo aumenta, então “tem de haver uma diminuição da carga fiscal”.
A empresa de transportes de cargas que a líder do CDS-PP visitou esta sexta-feira, que existe há 27 anos e tem uma frota de 143 camiões, conseguiu fazer aquilo que o Estado ainda não conseguiu, ou seja, segundo Assunção Cristas, “contratar a variação do preço do transporte de acordo com a variação do preço do combustível”.