Uma equipa de investigadores portugueses propõe uma nova forma de detetar o risco de cancro: analisar os padrões de distribuição anormal das células com base em imagens de laboratório e em algoritmos matemáticos, conforme publicaram este mês na revista científica Scientific Reports da Nature.
O método pretende ser mais barato e mais fácil de utilizar, mas também mais rápido – demorar apenas um mês em vez dos normais três a seis meses -, refere o Público. Por enquanto a investigação foi feita com células de cultura em laboratório, mas os investigadores esperam que seja fácil usar a mesma técnica com biopsias (amostras de tecido recolhidas para diagnóstico médico).
As células de cancro têm origem nas células normais, mas sofrem alterações no funcionamento e nas moléculas que produzem. Uma das alterações pode ser numa proteína que mantém as células unidas – a E-caderina -, fazendo com que as células cancerígenas se soltem, viajem na corrente sanguínea e se instalem noutros locais.
O que os investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), no Porto, e do Instituto de Sistemas e Robótica de Lisboa propõem é a identificação destas células que já não estão bem unidas às restantes, como um potencial sinal de risco de cancro.