O presidente da EDP, António Mexia, é um dos gestores mais bem pagos do país, mas, nas palavras do próprio, o seu salário é “incomparavelmente mais baixo” do que o de outros gestores em empresas de energia na Europa ou Estados Unidos.

Em 2015, António Mexia recebeu 1,9 milhões de euros. Este ano poderá chegar aos 2,6 milhões de euros. Mas o gestor compara, em entrevista à revista Sábado (link não disponível), os seus salários aos de futebolistas mais modestos: “No futebol, o meu salário equivale ao de um defesa direito de um clube do meio da tabela”.

Mas os 2,6 milhões de euros que Mexia poderá vir a ganhar em 2016, não pagaria só um defesa numa equipa de meio da tabela, pagaria o plantel inteiro – 25 a 30 jogadores em média – de algumas equipas da I Liga portuguesa, como o Estoril, o Belenenses ou o Vitória de Setúbal, cujos orçamentos andam na ordem dos 2,5 milhões. Incluindo treinador.

No entanto, o gestor lembra ainda que, em Portugal, os gestores das empresas cotadas em bolsa, como a EDP, e os titulares de cargos públicos são obrigados a revelar os salários que recebem. Mas acrescenta que o seu ordenado só lhe diz respeito a ele e aos acionistas da empresa.

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