Os efeitos especiais são maus e o esforço por tornar o vídeo minimamente credível não foi muito. Mas os mais de cinco milhões de visualizações no YouTube falam por si: a teoria de que o mundo acaba hoje, a 29 de julho de 2016, foi ganhando força ao longo das últimas semanas. Agora que chegou a fatídica sexta-feira, é esperar para ver.
Este vídeo, lançado no início do mês, tenta provar que o mundo acaba esta sexta-feira e os argumentos são muitos, uns mais originais que outros. “Jesus Cristo vai regressar no dia em que se inverterem os polos e um terramoto global sacudir a Terra”, diz a voz automática do vídeo. O melhor é ver por si:
https://www.youtube.com/watch?v=6HPrfFvkEj0
O vídeo terá sido criado por uma igreja evangélica, explica o jornal El Español, para tentar angariar fiéis, utilizando novamente o argumento da inversão dos polos terrestres, que supostamente vai originar um terramoto global.
Este argumento já tinha sido utilizado em 2012, quando a famosa teoria do final do calendário maia fez o mundo tremer com medo do fim do mundo. Na altura, a NASA explicou que os efeitos da inversão polar, um fenómeno natural no planeta, eram absolutamente inofensivos. “A polaridade da Terra muda regularmente, e uma inversão magnética ocorre em média a cada 400 mil anos. Pelo que sabemos, esta inversão não causa nenhum dano à vida do planeta”, explicou a agência norte-americana.
A nova data para o fim do mundo vem de outro vídeo, que foi divulgado em 2012, lembra o jornal. Na altura, um suposto cientista que tinha deixado a NASA disse que tinha sido contactado por extraterrestres, que lhe apontaram a data de “entre 14 de julho e 19 de agosto de 2016” para o final dos tempos. O vídeo foi recuperado agora por conspiradores, mas a teoria já foi rejeitada novamente pela NASA.
A ideia de Salvatore Monti, o falso cientista, era a de que a inversão dos polos iria fazer cair o campo magnético, expondo o planeta a um excesso de radiações solares, e acabando com toda a vida. A NASA, contudo, disse logo que “não há indicação alguma de que alguma vez o campo magnético tenha desaparecido por completo”.