A dívida pública aumentou mais cerca de 800 milhões em julho e fez subir o valor total para perto de 241 mil milhões de euros, indicou hoje o Banco de Portugal, explicando que este aumento se deve à emissão de mais dívida, mas o Estado também usou mais 1,5 mil milhões de euros de depósitos.

O endividamento das administrações públicas não para de aumentar, com algumas quebras, mas numa trajetória que continua a ser crescente. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal mostram que só de junho para julho a dívida pública aumentou mais 800 milhões de euros.

Este valor não é elevado considerando o valor total da dívida pública e o perfil heterogéneo da dívida pública ao longo do ano, mas a este valor, lembra o Banco de Portugal, é preciso acrescentar a descida dos recursos que o Estado tem em depósitos. A ‘almofada financeira’ – que o anterior Governo caracterizou como tendo os “cofres cheios” – continua a diminuir e só em julho caiu 1,5 mil milhões de euros.

No total, a dívida pública portuguesa líquida de depósitos, na ótica de Maastricht (a que é apurada pelas entidades estatísticas e que conta para Bruxelas), aumentou em 2,3 mil milhões de euros em julho. Só nos dois últimos meses, a dívida líquida de depósitos aumentou em 5 mil milhões de euros, resultado, mais uma vez, das emissões de dívida feitas pelo Estado, mas também do uso da almofada financeira, que é cada vez menor.

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