Enquanto a NASA tem piscado o olho a Marte, a Agência Espacial Europeia (AEE) deverá investir na Lua. Quem o diz é Jan Woerner, o diretor geral da Agência Espacial Europeia (AEE), neste artigo do Guardian, que já antevê cidades na superfície lunar. Ei, calma, não vale a pena imaginarmos cidades bonitinhas, com jardins espetaculares e churrascadas à maneira, com vista para o cintilante e azul Planeta Terra…

Nop. “Eu explico o que a cidade não será: moradias isoladas, escola, igreja, uma piscina, pastelaria, cemitério. Não é isto que eu estou a pensar”, explica Woerner, alertando que, na próxima década ou pouco mais, a Estação Espacial Internacional terá os dias contados. Por isso, há que encontrar soluções para preservar a presença humana no espaço.

Woerner, conta o The Guardian, visualiza uma cidade lunar segmentada, para diferentes atividades, com organizações públicas e privadas de mão dada. Ou seja, uns podem desenvolver um telescópio, outros podem extrair água do gelo polar e transformá-lo em hidrogénio, oxigénio ou combustível fóssil. Outros poderiam pensar no turismo espacial, neste caso lunar, de que há muito se fala, pinta e, de certa maneira, se deseja.

“É um conceito inspirador, e se outros tiverem uma ideia melhor, estou pronto para mudar a minha opinião”, admite Woerner, que se espera que transmita a ideia da cidade funcional na Lua no Conselho da AEE até ao final do ano. “Mas, até agora, posso dizer que a cidade lunar é a minha solução preferida para o futuro. A Lua é o próximo passo lógico.”

Resumindo, a cidade lunar não seria apenas uma forma de perpetuar a presença humana no espaço, mas serviria também para preparar o futuro das epopeias espaciais. Ou seja, seriam construídas infraestruturas vitais e garantido um know-how, como lhe chama o diário inglês, para assegurar a segurança para os humanos terem sucesso em futuras investidas.

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