Abre esta sexta-feira ao público a exposição Mater Dei (Mãe de Deus), na igreja da Conceição Velha, em Lisboa. Trata-se de uma mostra que conta com 25 obras de diferentes artistas plásticos portugueses, todas com um fio condutor comum: são representações artísticas de Maria, a mãe de Jesus Cristo (pode ver fotografias das diferentes obras na fotogaleria acima).

300

Há 300 anos, em novembro de 7 de 1716, a diocese de Lisboa foi qualificada como Patriarcado. Na Europa, apenas Lisboa e Veneza têm este título.

A exposição surge no contexto de duas datas relevantes para a Igreja Católica em Portugal: a comemoração dos 300 anos da qualificação da diocese de Lisboa com o título de Patriarcado (que se assinala este ano), e o centenário das aparições de Fátima (comemorado em 2017). Por isso, a exposição, inaugurada esta semana em Lisboa, segue no dia 25 de março para Fátima, onde será exibida durante grande parte do próximo ano.

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Uma das peças em exposição, da autoria de Rui Sanches, que representa Maria sem rosto. (Imagem: João Francisco Gomes/Observador)

Resultando da ideia do economista Francisco Noronha de Andrade e do padre Mário Rui Pedras — pároco de S. Nicolau, em Lisboa –, a exposição foi concebida e organizada por uma comissão a que se juntaram a galerista Maria da Graça Carmona e Costa, a jornalista Maria João Avillez e o curador Manuel Costa Cabral. Trata-se de um grupo de católicos que já tem sido responsável pela organização de diversos eventos culturais ligados ao Patriarcado de Lisboa.

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100

Em maio de 1917 — comemoram-se os 100 anos em 2017 — as três crianças que ficaram conhecidas como os três pastorinhos relatam a primeira aparição de Nossa Senhora, em Fátima.

Em três salas da igreja da Conceição Velha, estarão expostas pinturas, esculturas e instalações que representam Maria “da forma que os artistas a interpretam, a sentem, a imaginam”, explica-nos Maria João Avillez. No documento que apresenta a exposição, a jornalista escreve que “desde tempos imemoriais que Maria é referência maior na representação do sagrado na história da cultura ocidental”. “Queríamos promover o regresso da ligação entre o sagrado e a arte”, esclarece a jornalista.

Deste espólio fazem parte obras pedidas especificamente para a iniciativa a diversos artistas, entre os quais Pedro Proença, Rui Chafes, Emília Nadal, Graça Pereira Coutinho, Rui Sanches ou Manuel Baptista.

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A igreja da Conceição Velha, na Rua da Alfândega, na baixa de Lisboa, vai acolher a exposição até ao próximo ano. (Imagem: João Francisco Gomes/Observador)

Na igreja, faziam-se esta quinta-feira os últimos preparativos para a abertura ao público — quando o Observador visitou a exposição, uma das três salas ainda estava a ser montada. A inauguração, na sexta-feira, vai contar com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que, aliás, já fez uma primeira visita à exposição.

As obras ficam na igreja lisboeta até março, altura em que seguem rumo a Fátima, onde serão entregues por D. Manuel Clemente ao reitor do Santuário. Depois, serão colocadas em exposição nas galerias da Basílica da Santíssima Trindade, entre maio e outubro de 2017.