Haverá cerca de dois terços dos assistentes operacionais das escolas portuguesas (os chamados auxiliares) a receber abaixo do novo salário mínimo nacional — 557 euros brutos mensais, um valor acordado em concertação social e promulgado na quarta-feira pelo Presidente da República. A informação foi avançada pelo blogue Assistente Técnico e citada na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias.
A confirmarem-se estes dados — que foram considerados realistas por dirigentes sindicalistas, em declarações ao DN –, significa que há mais de vinte mil funcionários que terão de ser aumentados a partir de janeiro. Isto porque, com a progressão das carreiras congelada, a grande maioria dos assistentes operacionais encontram-se na primeira posição remuneratória, que equivale ao salário mínimo. No entanto, a subida do salário mínimo implica não apenas esta primeira posição, mas também a segunda, que recebe um valor de 532,08 euros brutos.
Atualmente, as escolas portuguesas empregam 55.808 funcionários não-docentes (incluindo auxiliares, funcionários administrativos e técnicos superiores), dos quais pelo menos 30 mil serão assistentes operacionais, segundo dados avançados ao DN por Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.