O grande projeto urbanístico do Santander Totta está prestes a ver a luz do dia. O novo edifício, que tem inauguração oficial marcada para amanhã, traz um cunho de inovação, assumindo inúmeras valias ambientais e energéticas. É uma obra emblemática para a cidade de Lisboa que mostra a forte aposta do Banco em Portugal. O investimento total somou 28,5 milhões de euros, sendo que a aposta na eficiência de recursos com várias soluções eco-friendly vai permitir uma redução energética na ordem dos 20%.
Quando as obras arrancaram, António Vieira Monteiro, CEO do Santander Totta, afirmou que “este investimento traduz uma aposta cada vez maior do grupo em Portugal”.
O edifício, desenhado pelo arquiteto Frederico Valsassina, é constituído por 3 blocos semi-enterrados, em redor da estrutura já existente, por forma a conseguir um conjunto harmonioso e ajustado às características do terreno existente, estando enquadrados paisagisticamente. Existem vários poços de luz que asseguram a entrada de luz natural em vários espaços. Todas as novas construções possuem coberturas ajardinadas que contribuem para a integração da mesma no corredor verde de Monsanto.
O novo edifício, pensado ao pormenor, possibilita ainda uma relação de equilíbrio de sustentabilidade entre a paisagem urbana e a paisagem visual na arquitetura deste novo espaço. Todos os blocos são interligados internamente e estão integrados na estrutura já existente, conjugando características de modernidade, funcionalidade e inovação.
Das características técnicas inovadoras, destacam-se a iluminação, climatização, arrefecimento das áreas técnicas, elevadores e o aproveitamento da água das chuvas.
Iluminação
A iluminação das áreas de serviços será assegurada por luminárias de led com fluxo luminoso variável ajustado de acordo com a luz natural. O sistema de iluminação será controlado por um sistema centralizado de última geração (Dali). Também a luz natural será controlada através do comando centralizado dos estores.
Climatização
A climatização das áreas de serviços e circulações foi projetada com base na produção de água quente/fria assegurada por 3 chillers de potência considerável (1 480 KW de potência frigorífica). O ar é aquecido/arrefecido em unidades de tratamento de ar e introduzido depois nos espaços através de unidades de indução instaladas nos tetos falsos. Este inovador sistema caracteriza-se pelo conforto térmico e ausência de ruídos.
Arrefecimento das áreas técnicas
Quando as temperaturas exteriores se situarem abaixo dos 18ºC, as áreas técnicas serão arrefecidas por sistemas de free-cooling através dos quais o ar exterior é filtrado e utilizado para arrefecimento dos equipamentos informáticos.
Elevadores
O novo edifício é servido por um conjunto de 4 elevadores equipados com sistema de regeneração de energia.
Aproveitamento da água das chuvas
As águas pluviais, após recolha e tratamento inicial, através de um filtro, são reunidas e encaminhadas para o reservatório de água reutilizável. Por outro lado, a rede de drenagem de águas cinzentas tem como destino uma estação de reciclagem (ETAR – Ecodepur BIOX VT10) que após recolha e tratamento nesta unidade será encaminhada para o depósito de água reutilizável.
A água acumulada nos depósitos é utilizada para rega, alimentação dos autoclismos, urinóis e torneiras de lavagem na sala dos lixos e garagem.
Não obstante a água reutilizável acumulada no reservatório ser sujeita a um processo de recirculação, filtração e desinfeção, todos os pontos de água provenientes da rede de distribuição de água reutilizável serão assinalados com a informação “água não potável”. Em caso de falha de água ou de se atingirem níveis mínimos nos reservatórios, está previsto um ramal de alimentação de água fria da rede pública.
O novo Edifício Centro Totta acolhe, na sua totalidade, 2.200 pessoas.