O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, defendeu esta quinta-feira um sistema político que aproxime mais eleitos de eleitores e apontou como exemplo um sistema eleitoral como o da Grécia, que dá um “bónus” de 50 deputados ao partido vencedor.

Numa intervenção num almoço do International Club of Portugal, em Lisboa, no qual foi o orador-convidado, Luís Montenegro defendeu que, apesar de nas legislativas em Portugal se votar para eleger deputados, “escolher em eleições legislativas significa escolher um caminho”, privilegiar a escolha que o povo fez num líder ou numa liderança, e assegurou não estar “a olhar para trás”, para as eleições de 2015, mas a apontar ideias para futuros atos eleitorais.

Por isso, desafiou os partidos de esquerda a ponderarem um sistema eleitoral como o da Grécia, em que o partido vencedor obtém um ‘bónus’ de 50 deputados, permitindo mais facilmente obter maiorias absolutas. “Assim como BE, PS e PCP enalteceram o pulsar do povo grego podíamos aplicar no nosso país essa mesma visão: a visão de que o sistema político é instrumental para concretizar a visão política do povo, tem de respeitar a decisão que o povo tomou”, defendeu, dizendo que defende esta ideia a título pessoal.

Foram muitas as presenças de destacadas figuras políticas do PSD presentes no almoço: na mesa de honra, do orador, ficaram sentados o antigo número dois de Passos Coelho, Miguel Relvas, o vice-presidente Marco António Costa, o presidente da distrital de Lisboa, Miguel Pinto Luz, além do empresário e ex-presidente do Sporting Sousa Cintra e o embaixador da China.

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No almoço, para cerca de 200 pessoas, estiveram presentes pelo menos seis dos 11 vice-presidentes da bancada – Hugo Soares, Carlos Abreu Amorim, Amadeu Albergaria, Luís Leite Ramos, Berta Cabral e Nuno Serra – bem como vários deputados, líderes de distritais (além de Lisboa, pelo menos também do Porto, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Viseu e Viana do Castelo) e o presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira.

Antigas figuras destacadas do PSD, como Guilherme Silva, ou o ex-ministro de Cavaco Silva Mira Amaral também marcaram presença, bem como ex-chefes de Casa Civil do anterior Presidente da República, Nunes Liberato e Fernando Lima.

Dias Ferreira, irmão da anterior presidente do PSD Manuela Ferreira Leite, António Ramalho, presidente do Novo Banco, Luís Filipe Pereira, antigo ministro de Durão Barroso, António Preto, ex-deputado e ex-líder da distrital de Lisboa do PSD, foram outras personalidades presentes.