Uma “enorme explosão” ocorreu, na madrugada desta quinta-feira, perto do aeroporto de Damasco, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
“A explosão foi enorme e foi ouvida em Damasco”, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, à agência noticiosa francesa AFP.
De acordo com a organização não-governamental (ONG), que tem sede em Londres, a explosão não ocorreu dentro do recinto do aeroporto, situado a cerca de 25 quilómetros a sudeste da capital síria.
“Não é claro o que provocou a explosão, mas há vários incêndios em curso no local”, detalhou o mesmo responsável, minutos depois.
A Reuters confirma que o ataque foi levado a cabo pelas forças israelitas e que tinha como alvo um complexo de armazéns operados pelo grupo libanês Hezbollah, perto do aeroporto de Damasco. A mesma informação é confirmada pelo canal controlado pelo Hezbollah, Al-Manar TV, que garante não existirem vítimas mortais.
O complexo armazena um número significativo de armamento que Teerão, um grande aliado do regime de Bashar al-Assad, fornece com frequência por meios aéreos.
Em declarações, o ministro dos Serviços de Informação israelita, Israel Katz, garante que o ataque perto de Damasco é “compatível com a política de Israel” de prevenir o tráfico de armas. O ministro, que falou através de um rádio militar, não quis confirmar diretamente a responsabilidade de Israel mas garante que o país reserva o direito de agir quando necessário.
O primeiro-ministro garantiu que sempre que recebermos informação da intenção de transferir armas avançadas para as mãos do Hezbollah, vamos agir. É a política de Israel.”
Em declarações à Al Jazeera, Hashem Ahelbarra conta que o que se sabe é que as forças israelitas “já levaram a cabo ataques aéreos no passado. O último foi em janeiro e tinha como alvo a base militar de Mezzeh”.
As primeiras imagens começam a surgir nas redes sociais.
https://twitter.com/DavidVujanovic/status/857452951933267969
O conflito na Síria arrasta-se desde 2011 e provocou já a morte de 320.000 pessoas. Já no mês passado, forças do governo de Assad bombardearam os arredores da cidade após uma ofensiva dos rebeldes.