Cerca de 30 militares da GNR realizaram esta quarta feira um protesto simbólico contra “os gastos desnecessários com a organização da cerimónia que assinala o 106.º aniversário da corporação”, que decorre na Praça do Império, em Lisboa.

Numa iniciativa conjunta da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) e da Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG), os militares vestidos com camisolas pretas viraram as costas quando o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana e a ministra da Administração Interna discursaram.

“Numa altura em que falta tudo na GNR, este tipo de cerimónias é excessivo”, disse à agência Lusa o presidente da APG, César Nogueira, sublinhando que são gastos milhares de euros quando é necessário melhorar as condições de serviço e a qualidade de vida dos militares.

Segundo César Nogueira, na GNR “falta tudo”, como meios humanos, veículos, coletes à prova de bala e até mesmo algemas, que tem muitas vezes de ser compradas pelos elementos da corporação.

A APG e a ANSG vão também realizar no dia 24 uma manifestação em Lisboa contra o Estatuto Profissional da GNR, que entrou em vigor a 1 de maio.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR