Uma fotografia da filha mais nova de Carolina Patrocínio, de um ano, está a dar que falar. Na imagem, partilhada no Instagram da apresentadora, a pequena Frederica é fotografada na praia com um bronze acentuado, o qual tem levantado questões e dúvidas entre os seguidores da apresentadora. Desde que foi publicada, há sensivelmente 24 horas, a fotografia acumulou quase 30 mil gostos e mais de 500 comentários, entre os quais estão algumas críticas devido ao tom de pele da criança.
Se por um lado há quem comente que uma criança desta idade não deva estar em contacto direto com o sol, associando o tempo de exposição ao tom de pele da menina, por outro há quem defenda Patrocínio ao referir que o tom possa ser, de alguma forma, hereditário. Há ainda referências a consequências graves associadas à exposição prolongada, nomeadamente ao cancro de pele.
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Contactada pelo Observador, Carolina Patrocínio diz que a filha “nasceu morena” e explica que são precisos poucos dias de sol para ganhar semelhante bronze. “Basta olhar para a genética dela, da mãe, do pai e dos avós.” A apresentadora garante que tem os cuidados “normais”, tendo em conta o contacto direto das duas filhas com o sol, que passam pela “proteção máxima, várias vezes ao dia”.
São os cuidados normais que os meus pais tiveram comigo, sem quaisquer histerismos”, continua. “Sou a segunda de seis irmãs e tenho a minha mãe como referencia, tenho muitos conselhos familiares.”
Tanto Diana, de três anos, como Frederica, de um, são crianças “dadas à praia, à piscina e ao ar livre”, até porque os pais, garante Patrocínio, não são apologistas de deixá-las em casa “a ver televisão”. A cor de Frederica foi ganha em apenas alguns dias, dá a entender Patrocínio, que diz que ainda não foi de férias.
A cor vem de fins de semana e de feriados. Naturalmente não estou a contabilizar os dias de sol. À mínima oportunidade, tiramo-las de casa. E o sol não se apanha só na praia.”
Ao Observador, Carolina Patrocínio confessa que não estava à espera desta reação quando publicou a respetiva fotografia, e atira que, no que toca às redes sociais, já nada a surpreende. “Não me preocupo demasiado”, afirma a apresentadora, que já antes se viu envolvida em polémicas relacionadas com o tamanho da barriga durante as duas gravidezes.
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Crianças, praia e sol. Uma relação de cuidado extra
Mas, afinal, que cuidados se devem ter na praia quando em causa está a exposição solar infantil? Rosa Gouveia, pediatra da Sociedade Portuguesa de Pediatria, começa por explicar que as crianças devem estar “pouco ou nada” expostas ao sol, alargando o conselho a todas as gerações. “Hoje em dia a exposição aos raios ultravioletas é muito maior do que há uns anos. É evidente que há protetores solares cada vez melhores, mas eles apenas protegem parcialmente. Passa sempre qualquer coisa.”
A pediatra recomenda, então, que as crianças estejam na praia vestidas com uma t-shirt, a qual só se deve tirar quando há a intenção ou o desejo de ir à água — sendo que é à beira-mar que se queimam mais. “É preferível que brinquem na sombra”, diz Rosa Gouveia, lembrando que pior do que sol na cabeça é sol nos ombros.
Tendo em conta o bronze, a médica garante que isso depende do tipo de pele das crianças, ou seja, as mais morenas aguentam mais facilmente o sol do que as mais branquinhas. E isto aplica-se também aos adultos. “As pessoas mais morenas produzem mais melanina”, esclarece, lembrando também que a pele da criança “é mais fina e mais vulnerável, pelo que precisa de cuidados extra”. Se a queimadura solar ou o envelhecimento precoce é algo assustador de se ver, Rosa Gouveia lembra que, apesar de ser mais raro, as crianças também podem ser vítimas de cancro de pele, uma vez que a “exposição ao sol vai-se acumulando no organismo”.
“Pode-se levar uma criança à praia, mesmo que muito pequenina, desde que vá às horas certas. E a melhor hora ainda é o final da tarde, quando os raios solares já estão muito oblíquos e os efeitos nocivos são muito menores”, adianta ainda, definindo a baliza temporal entre as 18h00 e as 20h00.