Antes da reunião com uma advogada russa no decorrer da campanha presidencial de 2016, Donald Trump Jr. foi alegadamente informado, via email, de que as prometidas informações prejudiciais para a então candidata rival, Hillary Clinton, eram provenientes do governo russo, que tinha interesse em ajudar a campanha de Donald Trump.

O jornal The New York Times cita três pessoas que tiveram conhecimento do referido e-mail, que terá sido enviado por Rob Goldstone, um publicitário e antigo jornalista britânico que ajudou à realização da polémica reunião.

Trump Jr. reuniu-se com russos para ouvir informações sobre Clinton

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O The New York Times já tinha dado conta da existência do encontro entre o filho mais velho do Presidente dos EUA e uma advogada russa com ligações ao Kremlin, na Trump Tower, em Manhattan. A reunião, que teve ainda como intervenientes o diretor de campanha de Trump, Paul J. Manafort, e o seu cunhado, Jared Kushner, aconteceu a 9 de junho de 2016 e é, até agora, a primeira prova pública do interesse manifestado pela candidatura de Trump em informação vinda da Rússia.

Inicialmente, Trump Jr. tentou desvalorizar o encontro, ao chamá-lo de “breve reunião introdutória” durante a qual teriam discutido um programa de adoção de crianças russas popular entre famílias americanas. Mas as três pessoas citadas pelo The New York Times afirmam que a mensagem enviada por Goldstone sugere que o governo russo foi a fonte da informação potencialmente prejudicial, a mesma que Trump Jr. chegou a descrever como “informações vagas, ambíguas e sem sentido”.

Trump volta à carga por tweet: “Comey fez fuga de informação classificada. Isso é tão ilegal!”

Em março, o FBI confirmou que estava a investigar tentativas do Governo russo de se imiscuir na eleição presidencial de 2016. Nessa altura, o ainda diretor do FBI, James Comey, disse que a investigação ia incidir “sobre a natureza de todas as ligações entre indivíduos ligados à equipa da campanha [Donald] Trump e o Governo russo e pretendia determinar se houve coordenação entre a campanha e os esforços russos”. Comey foi demitido em maio.