Procuradores do Brasil formalizaram esta terça-feira as acusações de corrupção e branqueamento de capitais feitas contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, envolvido nos casos de corrupção da Operação Lava Jato.
Segundo o promotor Athayde Ribeiro Costa, o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil recebeu o equivalente a mais de 950 mil dólares (807 mil euros) em subornos da construtora Odebrecht em troca de favores.
As provas reunidas indicam que Aldemir Bendine teria pedido pagamentos ilegais à Odebrecht no valor de 17 milhões de reais (4,5 milhões de euros) quando ainda era presidente do Banco do Brasil.
No entanto, este primeiro suborno teria sido negado pelos executivos da construtora, que entenderam que ele não teria capacidade de influenciar os contratos de financiamento da Odebrecht com o Banco do Brasil.
Na véspera de assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 06 de fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um dos seus operadores financeiros teriam novamente solicitaram dinheiro a Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente da Odebrecht.
O Ministério Público garante que desta vez o suborno foi pago.
A Odebrecht está no centro de um vasto esquema de corrupção que foi descoberto há mais de três anos por promotores brasileiros.
Ao longo das investigações, a Justiça brasileira revelou que a Odebrecht e outras empresas privadas mantinham dezenas de contratos sobrefaturados com a Petrobras para subornar ex-funcionários desta empresa petrolífera estatal e também políticos influentes do país.
Aldemir Bendine exerceu o cargo de diretor executivo da Petrobras de 2015 a 2016 e antes disso era CEO do estatal Banco do Brasil de 2009 a 2015.
A sua participação nos casos de corrupção da Petrobras foi sinalizada depois de executivos da Odebrecht terem assinado um acordo de colaboração com a Justiça em troca da redução das suas penas.
O promotor Athayde Ribeiro Costa, que integra a equipa de investigação da operação Lava Jato revelou que o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil pode ser condenado a 25 anos de prisão.