O primeiro-ministro espanhol tinha anunciado que iria encontrar-se com os partidos para “refletir” sobre o que aconteceu este domingo na Catalunha e o primeiro encontro já está marcado.

Mariano Rajoy reúne-se esta segunda-feira com o líder do PSOE, Pedro Sánchez, às 16h30 (15h30 em Portugal). Já ontem Sánchez tinha apontado o dedo não só ao Presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, mas também a Rajoy pela “grave crise institucional” que se vive no país.

“O tempo da inação acabou”, avisou o socialista, citado pelo El Mundo. “Exigimos que Rajoy, como Presidente do Governo, dê uma solução política a esta grave crise, que negoceie, negoceie e negoceie e consiga um acordo. Essa é a sua responsabilidade.” Resta saber se o presidente da Generalitat, que está de olhos postos na União Europeia, estará disposto a dialogar.

Depois da reunião com Sanchez, o primeiro-ministro espanhol reúne-se com o líder dos Ciudadanos, Albert Rivera, também no palácio de Moncloa, refere o El Mundo.

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“Esta tarde, na reunião com Rajoy, irei pedir-lhe explicações: por ingenuidade ou erro fizeram-se muitas coisas mal”, afirmou Rivera, esta manhã, numa entrevista.

Catalunha e Espanha. Manual de instruções para uma crise sem fim à vista

Outra das questões que Rajoy terá de enfrentar é uma possível greve geral na Catalunha já amanhã, dia 3 de outubro. Este será um dos assuntos discutidos pelo Governo da Catalunha na reunião extraordinária do Conselho Executivo, marcada para esta segunda-feira às 10h30 (9h30 em Portugal), em que a Generalitat irá tomar uma posição sobre este protesto.

Esta greve foi convocada pela Taula per la Democràcia, uma frente sindical que reúne vários sindicatos da Catalunha, em protesto contra a carga policial de domingo e que fez 844 feridos. O objetivo? “Parar o país”, refere o La Vanguardia.

O Parlamento catalão irá também reunir-se, às 16h (15h em Portugal) para agendar o próximo plenário, o primeiro depois do referendo e aquele em que Puigdemont poderá proclamar a independência da Catalunha.

A lei do referendo, aprovada no dia 6 de setembro, prevê que haja um plenário “nos dias a seguir à proclamação dos resultados oficiais” para, caso vença o “sim”, seja feita a “declaração formal da independência, concretizar os seus efeitos e dar início ao processo”.