O crescimento económico guineense tem estado acima do registado na África subsaariana nos últimos três anos e deve ser potenciado, defendeu esta segunda-feira o chefe da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a Guiné-Bissau, Tobias Rasmussen.

Tobias Rasmussen falava na conferência “Guiné-Bissau Rumo ao Crescimento Sustentável”, organizada pelo FMI no âmbito da quarta consulta daquela organização ao país.

O crescimento económico na África subsaariana teve um marcante declínio em 2015 e 2016. Compreendendo este crescimento, a Guiné-Bissau aparece em boa posição, porque nos últimos três anos o crescimento guineense esteve acima do registado no resto de África”, afirmou Tobias Rasmussen.

Segundo o responsável, apesar de a África Subsaariana estar a ter uma “modesta recuperação”, espera-se para a região um crescimento económico de 03 a 04%, o que contrasta com as previsões para Bissau, que apontam para um crescimento económico de 05% para este ano e 2018.

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Isto explica-se com a evolução muito positiva dos preços da castanha de caju, que aumentou para níveis recorde”, tendo contribuído também uma “importante evolução na gestão da economia”, salientou.

Tobias Rasmussen considerou igualmente que também contribuíram para o crescimento económico, o “investimento na melhoria do abastecimento elétrico e infraestruturas viárias e um maior controlo orçamental e de gestão dívida”.

Mas, o responsável defende que aquele crescimento pode e deve ser “potenciado”, através da estabilidade macroeconómica, por uma política orçamental prudente, a manutenção de um sistema bancário sólido e a continuação das reformas estruturais.

Para Tobias Rasmussen é também importante, para potenciar o crescimento económico, que seja promovido um ambiente de negócios com “regulamentação estável e transparente”, mas também que proteja as pessoas para que ser mais inclusivo.

O FMI termina terça-feira a sua quarta avaliação à Guiné-Bissau no âmbito do programa que tem com o país e também a visita vinculada ao abrigo do artigo IV, que ocorre a todos os países que trabalham com aquela organização financeira internacional.