Paulo Dâmaso, presidente do conselho de administração do Urban Beach, voltou a condenar os atos de violência registados junto à discoteca lisboeta e adiantou alguns detalhes sobre o caso: aparentemente, as agressões terão acontecido já depois do horário de encerramento do espaço e depois de vários clientes se terem queixado junto dos seguranças da discoteca sobre a atuação de “carteiristas” no local, que estariam a assaltar pessoas e a destruir viaturas. Terão sido eles, portanto, os alvos das agressões.
Em declarações à RTP3, e mesmo repetindo por diversas vezes que “nada justifica os atos de violência” registados, Paulo Dâmaso acabou por explicar que os indivíduos agredidos estariam a “partir vidros” e “arrombar carros”, à medida que ameaçavam e assaltavam vários clientes do Urban Beach, numa zona de roulottes nas imediações da discoteca. Terá sido nesse momento que várias pessoas pediram ajuda aos seguranças da discoteca, que decidiram então intervir.
Quanto ao resto, Paulo Dâmaso repetiu o que já tinha dito ao jornal Público.”É um ato que nos repugna, nos choca e no qual jamais nos poderíamos rever. É perfeitamente inadmissível e lamentamos o sucedido”, afirmou o responsável.
Desafiado a comentar o facto de estes incidentes se repetirem à porta do Urban, Paulo Dâmaso refugiou-se em dois argumentos repetidos até à exaustão neste tipo de situações: os seguranças trabalham para uma empresa que não é a mesma que detém a discoteca; e as agressões, estas e as anteriores, registaram-se na via pública e não no interior do espaço noturno. “São situações que nos ultrapassam”, resumiu.
Ainda assim, Paulo Dâmaso admitiu a hipótese de vir a rasgar o contrato com a empresa responsável pelos seguranças, a PSG — Segurança Privada. “O nosso departamento jurídico está já a analisar esse contrato”, assegurou o responsável.