O “exaustivo relatório científico” que 13 agências federais fizeram a propósito das alterações climáticas, e que defende que “o período mais quente da história da civilização tem como causa dominante os seres humanos desde o início do século XX”, foi esta sexta-feira “ratificado” pela Casa Branca. Ainda assim, segundo o The New York Times e o Washington Post, tem uma “particularidade”: em vários pontos contradiz diretamente as posições assumidas pela administração Trump.
De acordo com o estudo, as temperaturas no futuro vão depender muito das quantidades de dióxido de carbono emitidas para a atmosfera, embora seja expectável que o nível do mar aumente nos próximos 15 anos.
Recorde-se que, em junho, Donald Trump chegou a falar das alterações climáticas como um embuste, antes de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, justificando a decisão com o peso excessivo que tinha na economia do país. Em paralelo, Scott Pruitt, que foi nomeado pelo Senado como administrador da Agência de Proteção Ambiental, chegou mesmo a dizer que tinha muitas dúvidas sobre o peso do dióxido de carbono como causa principal das alterações climáticas.
“A Administração apoia as análises científicas rigorosas e encoraja ao debate público dos documentos que foram hoje emitidos”, comentou o porta-voz da Casa Branca, Raj Shah, citado pela Reuters.