A Câmara Municipal de Lisboa vai desligar provisoriamente as fontes ornamentais da cidade que usem água da rede e reduzir a rega nos espaços verdes como medidas de combate aos efeitos da seca. O anúncio foi feito ao final da manhã, pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que ressalvou que a capital “não é diretamente afetada pela seca”, mas que pretende passar um sinal de responsabilidade ambiental.

Lisboa não é diretamente afetada, mas entende como maior consumidor da maior cidade do país, que é da sua responsabilidade promover soluções ambientalmente sustentáveis em todas as suas áreas de atuação”, justificou o autarca.

Nesse sentido, Fernando Medina referiu que a autarquia lisboeta irá tomar medidas provisórias e imediatas, nomeadamente a interrupção do funcionamento de algumas fontes ornamentais, como a da Praça do Império (Belém), a da Alameda e a cascata do Parque das Nações. “Serão desligadas todas as que não usem apenas água circulável”, apontou.

Outra das medidas da autarquia será a interrupção da rega em espaços verdes junto a grandes vias, como a 2ª circular e a Avenida Lusíada e a redução da rega em espaços verdes sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa “ao limite de sobrevivência”.

A medida de combate aos efeitos prolongados da seca prevê ainda a racionalização da água nos cemitérios. “A reserva de água que serve Lisboa serve também outros pontos do país. Estamos comprometidos em fazer a nossa parte e gerir os recursos com mais responsabilidade e eficiência”, concluiu.

Esta decisão de Fernando Medina ocorre na sequência da situação de seca que o país está a atravessar e que já levou o Governo a lançar uma campanha de sensibilização para o consumo de água, aconselhando os cidadãos a pouparem um recurso que é escasso.

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