Moçambique vai deixar de importar sementes básicas para a agricultura a partir da campanha 2017/2018, que arrancou há um mês, e apostar na produção nacional, noticia esta terça-feira a imprensa moçambicana. Segundo David Mariota, chefe do Departamento da Unidade de Semente Básica do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), a medida visa garantir que mais produtores tenham acesso a sementes e evitar custos de importação.

Para responder às necessidades, as autoridades moçambicanas vão dar condições a 42 empresas para a produção de sementes certificadas que vão abastecer os pequenos produtores agrícolas do país. Espera-se que, na atual campanha agrícola, as empresas especializadas forneçam cerca de 65 toneladas de sementes, num processo que vai dar prioridade aos cereais e leguminosas.

O IIAM prevê ainda disponibilizar 12 milhões de estacas de mandioca, duas mil ramas de batata-doce e quantidades por definir de sementes de hortícolas. A estratégia para abastecer os pequenos produtores conta com o apoio de vários parceiros, entre os quais a agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e o Banco Mundial.

No total, de acordo com dados oficiais, Moçambique tem quatro milhões de produtores registados e a maioria está nas províncias da Zambézia e Nampula, centro e norte, respetivamente.

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