À saída da missa que se celebrou na Igreja Matriz de Pedrógão Grande, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com os jornalistas, num dia de Natal em que o chefe das Forças Armadas passa em regiões afetadas pelos fogos deste ano. Em declarações, o Presidente afirmou: “Acho que as pessoas não podem nunca esquecer, e não esquecer é estar presente”.
Após a celebração eucarística que começou às 11h30, o Presidente da República disse, quanto aos esforços para a recuperação dos danos causados pelos incêndios, que “as pessoas arregaçaram as mangas e recomeçaram as suas vidas”. O chefe de Estado disse ainda que as pessoas “começaram a partir para um futuro diferente e felizmente houve um grande apoio por todo o país”. Marcelo Rebelo de Sousa mencionou ainda que é necessária a presença de todos, ressalvando a importância de “autarcas, instituições e da Igreja” para as recuperação dos danos dos incêndios.
O Presidente da República apelou ainda aos portugueses para que visitem os territórios afetados durante o próximo ano, contribuindo assim para a reconstrução.
“Penso que o que é preciso, no futuro próximo, na próxima primavera, no próximo verão, é as pessoas virem, estarem cá. Contribuírem para esta mudança em curso, este reconstruir o futuro, é muito importante”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à saída da missa de Natal em Pedrógão Grande.
“É muito importante porque quem cá está, sente esse calor da presença. E é muito importante porque mexe com a vida, mexe com a economia, mexe com a sociedade. É aquilo que é preciso que aconteça sobretudo no próximo ano, porque engrenando no próximo ano, já engrenou”, frisou o Chefe de Estado.
O Presidente da República vai almoçar em Pedrogão Grande nesta segunda-feira com familiares das vítimas dos incêndios deste verão na região. Depois irá inaugurar a sede de um centro de apoio dos familiares das vítimas. À tarde o desloca-se a Figueiró dos Vinhos, onde assistirá a um concerto de Natal. O dia preenchido do chefe de Estado termina com um jantar com bombeiros em Castanheira de Pera.
Os incêndios de Pedrogão Grande, em junho deste ano, causaram 253 feridos e 66 mortos, num dos últimos anos mais catastróficos de sempre em número de incêndios e vítimas.