O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, está na mira da justiça portuguesa, estando a ser investigado por tráfico de influência. A notícia foi confirmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao jornal i, que avança a notícia na sua edição desta segunda-feira.
De acordo com as declarações da PGR publicadas pelo jornal, “o inquérito encontra-se em investigação, não tendo conhecido despacho final”. Em causa estão suspeitas do crime de tráfico de influências, mas não há ainda registo de arguidos constituídos – sabe-se apenas que há outro dirigente do clube leonino que estará a ser alvo de inquérito.
A investigação por alegado tráfico de influência não é o primeiro caso em que Bruno de Carvalho surge envolvido. Como recorda o mesmo i, Bruno de Carvalho já tinha sido investigado no ano passado pelas autoridades no âmbito de uma denúncia anónima sobre “supostas ameaças a árbitros”. A imprensa noticiou na altura que o Ministério Público estava a investigar uma denúncia feita por Paulo Pereira Cristóvão relacionada com a transferência do jogador Tanaka.
Um negócio que terá envolvido uma operação financeira de legalidade duvidosa e que, reforçava a mesma denúncia na altura, já teria sido usada noutros processos semelhantes. “Paulo Pereira Cristóvão alegava que o empresário de jogadores guineenses João Carlos Pinheiro intitulou-se representante de Bruno de Carvalho neste negócio, tendo pedido dinheiro ao agente Paulo Emanuel Mendes”, escreve o i. Segundo escreve o diário, “este montante seria depois entregue ao presidente do Sporting, após passar por uma sociedade em Cabo Verde, da qual Bruno de Carvalho era sócio”.
“Terrorismo comunicacional” e “montes de esterco”
Entretanto, Bruno de Carvalho reagiu, no Facebook, à notícia do i. O presidente do Sporting chamou “terrorismo comunicacional” ao artigo e afirmou que “qualquer monte de esterco é livre de fazer denúncias e o DIAP, por lei, tem de investigar e isso não significa nada”.
“Nada disto interessa para nada mas as marionetas do Benfica continuam ao ataque”, escreveu Bruno de Carvalho, para depois partilhar vários links de notícias sobre as investigações policiais aos casos dos e-mails e dos vouchers ligados aos encarnados.