O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o seu pai e antecessor, Kim Jong-il, tiveram passaportes brasileiros falsos para tentarem ter acesso a vistos para a Europa.

“Eles usaram estes passaportes brasileiros, que claramente contêm fotografias de Kim Jong-un e de Kim Jong-il, para tentar obter vistos de embaixadas estrangeiras”, disse uma fonte ligada à segurança fronteiriça de um país europeu à Reuters, que deu a notícia em primeira mão. “Isto demonstra o desejo de viajar e sugere que a família tentava montar uma rota para uma possível fuga.”

Ambos os passaportes aparecem como tendo sido emitidos a 26 de fevereiro de 1996, com uma validade de 10 anos, pela embaixada do Brasil em Praga, capital da República Checa. De acordo com o que uma fonte brasileira disse à Reuters, os dois passaportes eram, inicialmente, legítimos, uma vez que terão sido enviados em branco para consulados.

No seu passaporte, Kim Jong-un aparece com o nome de Josef Pwag e como sendo filho de Ricardo Pwag e Marcela Pwag Jodu. Já Kim Jong-il aparece como Lion Tchoi, sem menção à sua filiação. Os passaportes dizem que os dois nasceram em São Paulo.

Ambos aparecem com datas de nascimento falsas, mas que não diferem em muito dos verdadeiros aniversários do atual e antigo líderes da Coreia do Norte.

A embaixada do Brasil na Coreia do Norte recusou comentar o caso e o Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro disse que está a investigar os dois passaportes.

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