O avião da Ryanair que aterrou de emergência em Lisboa esta quarta-feira ao início da tarde sofreu uma despressurização pouco tempo depois de descolar do aeroporto Humberto Delgado, confirmou ao Observador fonte oficial da Ryanair. A ANA tinha dito que a aterragem ocorreu com normalidade e que houve apenas “problemas técnicos”, mas os relatos de quem se encontrava no avião descrevem “momentos de pânico” após a “queda abrupta” do avião e de o alarme de emergência ter soado.
A companhia aérea explicou ao Observador que, devido à depressurização, “as máscaras de oxigénio foram ativadas” e que a tripulação seguiu as normas operativas, tendo solicitado à ATC (controladores aéreos) autorização para descer de altitude, permitindo assim a aterragem em Lisboa, que ocorreu “com toda a normalidade, tendo todos os passageiros desembarcado”.
Contudo, um passageiro que se encontrava a bordo do Boeing 737-800 EI-FOV, na quarta-feira, 28 de fevereiro, contou ao Observador que os momentos foram de pânico “com o alarme de emergência a tocar” e o piloto a “tentar estabilizar o avião”, acrescentando que “houve uma queda abrupta do avião”. As máscaras de oxigénio foram então ativadas e, segundo o passageiro, podia sentir-se um “ligeiro cheiro a queimado”.
A mesma fonte disse ainda que, após a aterragem, os passageiros tiveram de permanecer dentro do avião durante algum tempo devido à diferença de pressão, acrescentando que “havia bastante gente a chorar” durante a ocorrência.
LIVE: Ryanair #FR2694 Lisbon to Oporto (Boeing 737-800 EI-FOV) squawked 7700 General Emergency and returned to LIS. Mayday declared on ATC. Other inbounds holding. Reason not yet known. https://t.co/7whXvDjQPm pic.twitter.com/I6sBJjR5Lz
— Airport Webcams (@AirportWebcams) February 28, 2018
O voo da Ryanair tinha hora prevista de aterragem no Porto às 13h35. Contudo, o trajeto sofreu alterações, tendo aterrado de emergência no ponto de partida. De forma a minimizar o atraso, os passageiros embarcaram num avião de substituição que partiu um pouco mais tarde com destino ao Porto. O passageiro que testemunhou toda a situação assegura que a primeira indicação dada foi a de que o avião iria aterrar no Porto. “Contudo, acabaram por decidir voltar a Lisboa”, pelo que “não terá sido um mero problema técnico”.
[artigo editado por Helena Cristina Coelho]