Lisboa vai ser o centro do mundo por um dia. A final da Liga dos Campeões no Estádio da Luz é a razão do alvoroço que vive a capital portuguesa. Os jogadores já chegaram. Os adeptos – esperam-se cerca de 70 mil, com e sem bilhete – começaram a invadir as ruas e ruelas de Lisboa. Como se isso não fosse suficiente, estão a caminho várias personalidades da política internacional, o que poderá baralhar o protocolo e a segurança.

Vamos por partes. Entre os convidados da UEFA e patrocinadores da Liga dos Campeões, estarão presentes o rei de Espanha, Juan Carlos, o Presidente da República portuguesa, Cavaco Silva, e o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Os chefes de Estado do Gabão, Ali-Ben Bongo Ondimba, do Ruanda, Paul Kagame, e do Panamá, Ricardo Martinelli, estarão presentes para a grande final. O chefe de Governo de Espanha, Mariano Rajoy, marcará também presença na primeira final entre equipas espanholas desde 2000 (Real Madrid-Valência).

Mas as dificuldades de segurança não se ficam por aqui. Um emir do Qatar, por exemplo, chegou com vinte carros na sua comitiva, o que, vamos dizer assim, foi uma surpresa para o protocolo. Há relatos também de que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, estará também em Lisboa para assistir ao jogo no Estádio da Luz.

A somar a tudo isto, há ainda que contar com a chegada inesperada de vários primeiros-ministros europeus e não europeus. Os patrocinadores convidaram os governantes e estarão responsáveis por eles, quer relativamente ao seu transporte quer quanto à sua colocação no Estádio da Luz (camarotes dos patrocinadores e não no presidencial).

A agitação será grande, está visto. O que prevê o protocolo de Estado é que os chefes de Estado e de Governo estrangeiros têm direito, em território português, a segurança que é feita pela PSP ou GNR. Quando se trata de visitas oficiais, esta é uma questão automática. Quando aqueles políticos visitam Portugal em deslocações de caráter privado, fica ao seu critério solicitarem proteção – que deve ser obrigatoriamente prestada pelo Estado português. O Gabinete Nacional de Segurança avalia o risco de ameaça a que cada um está sujeito e depois transmite à PSP, neste caso de Lisboa, que prepara o dispositivo adequado a cada grau de ameaça pessoal, ou seja, o número de agentes policiais que deverá acompanhar cada figura de Estado pode variar.

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