Há mais de três meses que temos sido bombardeados constantemente pelas novidades da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a TAP. No entanto, os portugueses já perderam o interesse e estão resignados. Assistimos à típica “chico-espertice” à moda portuguesa, em que os responsáveis pela liderança do país tentam escapar às consequências das suas acções utilizando um rol de desonestidades que não tem ponta por onde se lhe pegue.

Desde a presença do deputado Carlos Pereira (que já rapidamente foi descartado pelo PS) em reuniões secretas, ao episódio que envolveu Frederico Pinheiro, à chamada para o SIS por Galamba e até ao facto de António Costa desconhecer tal situação (o próprio Primeiro-Ministro posteriormente confirmou que teria sido contactado por Galamba), vive-se num pântano de desonestidade. E o exemplo que estes políticos dão aos portugueses é que, de facto, mentir compensa. Nenhum deles sofreu consequências. Todos continuam a desempenhar as suas funções depois de terem feito de Frederico Pinheiro o bode expiatório. E os portugueses novamente voltam a afastar-se do lamaçal político deste país.

Já diz o ditado que “Em terra de cegos, quem tem olho é rei”. Aqui em Portugal, podemos ajustar este ditado – Em terra de Costa, o desonesto é rei.

Veja-se que quem menos ideias tem para o país é quem mais insiste na desonestidade. Olhamos agora para outro partido, o bloco dos desonestos. O tal partido que deu a mão aos socialistas, que esteve também ele 6 anos no poder, que é igualmente responsável pelo estado da Saúde, da Educação, e da Justiça e ainda pela nacionalização da TAP. Esse mesmo partido que ainda teve dúvidas se apoiava a Ucrânia ou a Rússia.

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E assistimos diariamente a situações que roçam o patético, como os deputados deste bloco a tentarem colar um crime que aconteceu noutro continente (nomeadamente o trabalho de duas crianças num restaurante de fast-food) à Iniciativa Liberal que apenas surgiu no Parlamento Português em 2019.

Este bloco de deputados já demonstrou a superficialidade dos seus argumentos. Sem ideias para mudar o país, decidem instrumentalizar bandeiras políticas como a população LGBTQIAPN+ ou a cultura, como se nenhum outro partido pudesse “lutar” por estas causas. Agarram-se com unhas e dentes aos seus lugares no parlamento, pois sabem que se dependerem do seu mérito dificilmente terão sucesso. Este bloco é tão responsável pelo estado do país como os socialistas.

Os políticos têm a responsabilidade de liderar o país através do seu exemplo e devem ser responsabilizados pela falta de valores. E com Marcelo Rebelo de Sousa a deixar António Costa a cozer em lume brando, a solução passa por portugueses não aceitarem mais quem não tem valores. Cabe aos portugueses não votarem como se os partidos fossem clubes de futebol. Cabe aos portugueses penalizar de forma rigorosa e severa a desonestidade.