Num comunicado, a marinha italiana divulgou que nas últimas horas todas as embarcações da operação Mare Nostrum – iniciada em 2013 e patrulha o mediterrâneo para o resgate de imigrantes – estão a participar na operação, que ainda não terminou. O navio San Giorgio interveio durante a noite para resgatar 998 imigrantes, entre os quais 214 mulheres e 157 crianças, que iam em cinco barcos. A fragata Orione resgatou, nesta madrugada, cerca de 400 imigrantes e avistou outro barco, ao qual ainda está a prestar socorro, não se conhecendo o número de pessoas a bordo.

Das outras embarcações colocadas à disposição para esta operação, a fragata Scirocco, resgatou 206 imigrantes na madrugada de hoje. Outra unidade da marinha italiana recuperou, na quinta-feira, 113 imigrantes que estavam num barco inflável. Um outro navio da marinha participou no resgate de 450 pessoas, que foram trasladadas para o navio mercante Maersk Regensburg, de bandeira de Hong Kong, que esperava apoio para levar à terra os imigrantes. Devido à falta de embarcações da marinha italiana, outros 175 imigrantes foram levados para um cargueiro de bandeira moldava.

Segundo dados do Ministério do Interior italiano, um total de 39.538 imigrantes ilegais chegaram à sua costa nos cinco primeiros meses de 2014. Em 2013, para o ano todo, foram resgatados 43.000 imigrantes.

No Luxemburgo, o ministro do Interior, Angelino Alfano, voltou a pedir nesta quinta-feira que a União Europa assuma as suas responsabilidades neste problema de imigração, acrescentando que a Itália “não pode pagar sozinha pela instabilidade na Líbia”.

A operação “Mare Nostrum” custa à Itália cerca de 300 mil euros diários, assim, o país vem pedindo ajuda europeia para financiar as tarefas de vigilância do Mediterrâneo e o acolhimento dos imigrantes ilegais.

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