O Presidente da República sentiu-se mal enquanto discursava para as Forças Armadas, no 10 de junho, e foi socorrido de imediato por dois generais. Foi o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, o primeiro a chegar junto ao chefe de Estado, e a dizer-lhe: “Senhor Presidente, calma”. O conselho do general, enquanto agarrava o Presidente, é audível nas imagens das televisões.

E foi também outro militar a chegar rapidamente ao lado de Cavaco Silva e a fazer o diagnóstico. Tratou-se do médico e major-general José Duarte, diretor do serviço de saúde da Força Aérea, que estava a assistir à cerimónia e que assistiu o Presidente nas traseiras da tribuna, onde Cavaco esteve a descansar durante cerca de 20 minutos até estar recomposto e voltar a terminar o discurso.

Em declarações à Lusa, o médico de Força Aérea diria que se tratou de “uma reação vagal”. Na Guarda, encontrava-se a equipa médica que normalmente acompanha o Presidente, mas a divulgação do boletim clínico acabou por ser feito pelo militar, através da agência Lusa.

Enquanto Cavaco estava a receber assistência médica, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, que por sinal estava em casa (é natural da Guarda), tentou apaziguar os ânimos dos manifestantes que se encontravam no local a protestar contra o Governo. Pina Monteiro dirigiu-se aos microfones para anunciar que o Presidente da República “teve uma indisposição e vai voltar dentro de momentos”, pedindo também a quem estava “a perturbar as cerimónias” que tivesse “respeito por Portugal e pelas Forças Armadas”.

Segundo a SIC, os seguranças da Presidência afastaram os repórteres de imagem, quando perceberam que Cavaco se sentiu mal, dificultando a recolha de imagens daqueles momentos de tensão.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR