Paulo Fonseca disse hoje que a vontade dos dirigentes, o desejo dos pacenses e a sua motivação falaram mais alto na decisão de regressar ao Paços de Ferreira, esperando repetir o “casamento feliz” na I Liga de futebol.

Numa conferência que lotou a sala de imprensa do estádio capital do Móvel, o ex-técnico do FC Porto disse estar “imensamente feliz” por voltar a trabalhar com pessoas que lhe “merecem muito”, manifestando convicção de que “vai ser novamente um casamento feliz”.

“O FC Porto faz parte do passado, o que interessa agora é construir uma equipa que orgulhe os pacenses”, disse Paulo Fonseca, reconhecendo estar “motivadíssimo” para este novo desafio, que será válido para as próximas duas temporadas.

Segundo o técnico, de 41 anos, “a vontade das pessoas e o desejo da totalidade dos pacenses” levam-no a pensar que este regresso à formação pacense “não é um passo atrás” na sua carreira.

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“Tive convites de outros clubes portugueses, mas a minha motivação falou mais alto, o meu coração falou mais alto. Mas, não nos podemos iludir, é difícil alcançar o que fizemos há dois anos (a equipa assegurou um inédito terceiro lugar e garantiu a presença na pré-eliminatória da Liga dos Campeões), mas queremos estar longe do que aconteceu no ano passado”, sublinhou.

Paulo Fonseca iniciou a época 2013/14 no FC Porto, mas acabou por sair sem sucesso na 21.ª jornada, depois do empate no reduto do Vitória de Guimarães (2-2), equipa a quem conquistou a Supertaça (3-0), num ano que considerou ter sido de “grande aprendizagem”.

“Os resultados não foram os desejados [no FC Porto], mas foi, se calhar, o ano em que aprendi mais”, afirmou, insistindo na ideia de que “o futuro é o Paços de Ferreira” e repetindo a aposta em “alimentar [o clube] de jogadores que queiram singrar na I Liga”.

O novo técnico definiu essa aposta como o caminho a seguir, procurando, “sem qualquer tipo de receios, “construir uma equipa que pratique um bom futebol, orgulhe os pacenses em qualquer campo e valorizar os jogadores”.

Consciente de que “não vai ser fácil repetir o feito de há dois anos”, tendo em conta a necessidade de “construir uma equipa praticamente de raiz “, com um “orçamento que vai novamente baixar”, deixou a promessa de uma maior motivação na busca de uma época tranquila.

“Humildade extrema” e “coragem” foram as palavras com que Rui Seabra, presidente da sociedade desportiva, apresentou o novo técnico, alguém, acrescentou o presidente pacense, que “marcou este clube de forma tão profunda, o que não deixará de ser inédito para sempre”.

Paulo Fonseca lidera uma equipa técnica que volta a contar com os adjuntos Nuno Campos, Pedro Moreira e Pedro Correia.