Seis projetos de investigação portuguesa vão receber seis milhões de euros do programa Carnegie Mellon Portugal, durante quatro anos. Oriundos de áreas como a saúde, dispositivos móveis ou gestão de inovação tecnológica, destacaram-se pela interdisciplinaridade e por intercalarem atividades de investigação com formação avançada e inovação. No total, concorreram 21 projectos.

“Das seis iniciativas selecionadas por via competitiva, três propõem o desenvolvimento de aplicações na área da saúde, um propõe um novo paradigma de comunicação entre dispositivos móveis, e dois situam-se na área da gestão e políticas de inovação tecnológica e de industrialização”, refere João Claro, diretor nacional do programa financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Os projetos selecionados foram: “AHA: Assistência humana aumentada”, “Dinâmicas de inovação em aeronáutica e na Embraer em Évora, “INSIDE: Sistemas inteligentes de robôs em rede para interação simbiótica com crianças com atrasos de desenvolvimento”, “Hyrax: Crowd-sourcing de dispositivos móveis para o desenvolvimento de edge-clouds”, “TEIPL: Laboratório de empreendedorismo, tecnologia e política de inovação” e“VR2Market: desenvolvimento dum produto para monitorização móvel e vestível da saúde de profissionais de primeira resposta e de outras profissões de risco”.

Os projetos selecionados são motores de inovação de escala internacional, para João Claro, diretor do programa.

O Carnegie Mellon Portugal já financiou cerca de 25 projetos de investigação, com impacto em empresas como a Critical Software, Novabase, Portugal Telecom ou a Outsystems. As seis Iniciativas Empreendedoras de Investigação (ERI) distinguidas envolvem mais de três dezenas de instituições portuguesas do ensino superior e de investigação, a Carnegie Mellon University e várias empresas.

“Neste conjunto de ERI, estão envolvidos parceiros empresariais com uma forte presença no tecido económico a nível nacional e internacional, com um volume de financiamento superior a um milhão de euros”, disse. João Claro acredita que estes projetos vão ser motores de inovação de escala internacional, “formando inovadores criativos, gerando novas ideias, e traduzindo-as em produtos, processos e serviços”. O painel de avaliação das iniciativas foi compostos por professores de universidades norte-americanas, espanholas e indianas.

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