O líder supremo do Irão, Ayatollah Khamenei disse este domingo que está contra a intervenção dos EUA no Iraque, onde os extremistas islâmicos e militantes sunitas controlam algumas cidades, noticiou a Associated Press.

“Opomo-nos à intervenção dos EUA e de outros países nos assuntos internos do Iraque”, disse Khamenei na sua primeira reação à crise.

“A principal disputa no Iraque é entre aqueles que querem que o Iraque se junte ao campo norte-americano e aqueles que querem um Iraque independente”, disse Khamenei, que tem a última palavra sobre as políticas do Governo. “Os EUA estão a tentar colocar os seus seguidores no poder uma vez que não estão contentes com o atual Governo”, continuou.

Khamenei disse que o Governo do Iraque e o seu povo serão capazes de pôr fim ao conflito, acrescentando que os extremistas islâmicos do ISIS são hostis tanto aos muçulmanos xiitas como aos sunitas que defendem um Iraque independente.

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No domingo, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, disse que alguns países alimentam terroristas com os seus petrodólares, referindo-se aos estados do Golfo Árabe e avisou que esse apoio iria virar-se contra eles.

O Irão apoia o Governo xiita em Bagdad e disse que iria considerar qualquer pedido para apoio militar.

O comandante da força de elite iraniana Quds, Qasem Soleimani, esteve no Iraque na semana passada para reunir com o Governo e discutir como travar os insurgentes islâmicos. As forças de Soleimani são um braço secreto da Guarda Revolucionária Iraniana que no passado terá organizado milícias xiitas para atacar as tropas norte-americanas no Iraque. Mais recentemente ajudou o presidente Assad na sua luta contra os rebeldes sunitas.

O ditador iraquiano Saddam Hussein lutou uma guerra de oito anos com o Irão nos anos 80 que deixou mais de um milhão de mortos nos dois lados.

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a semana passada que planeava enviar cerca de 300 conselheiros militares para ajudar as forças iraquianas a lutar contra o ISIS