Estávamos em 2006 quando a Adegga foi criada. É provável que já tenha ouvido falar da rede social de vinhos, a primeira em contexto nacional mas também pioneira além-fronteiras. Surgiu para colmatar uma falha no mercado, isto é, partilhar opiniões e recomendações vinícolas. O projeto tem angariado sucesso e passou dos cliques e comentários online para eventos de referência. A terceira edição do Summer WineMarket é um exemplo e acontece já no sábado, 5 de julho, no lugar do costume — Hotel Florida, em Lisboa.

A rede social ajuda os enófilos a escolher o vinho ideal sem ser necessário recorrer a críticos. É de pessoas para pessoas. No fundo, “fizemos um guia de vinhos com base no saber de quem gosta da bebida. Aproximámos o produtor do consumidor”, explica André Ribeirinho, da Adegga, ao Observador. Mas as coisas não acontecem apenas no mundo virtual. É o caso do Summer WineMarket que este ano apresenta algumas novidades, além dos habituais 40 produtores portugueses escolhidos a dedo.

“Vamos ter um espaço onde vamos oferecer um menu de degustação com o chef André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores“, explica. A experiência Adegga + Food, com um custo extra de 45 euros por bilhete, junta criações inspiradas em produtos regionais portugueses aos vinhos selecionados pela Adegga. Num ambiente reservado, longe da azáfama alheia, é possível provar picadinho de carapau com algas, “toda desfeita de bacalhau” ou bolonhesa de atum dos açores. Os vinhos, esses, variam entre brancos e tintos, com direito ao espumante Luiz Costa Chardonnay & Pinot-Noir Bruto Natural.

A conferência internacional, por norma realizada em França, vem a Portugal para fomentar a discussão de temas vinícolas num formato workshop.

Uma nova loja de vinho junta-se à lista de surpresas — “pela primeira vez, os vinhos vão ser entregues exclusivamente em casa e, depois do evento, ainda vai ser possível comprá-los online”, explica André Ribeirinho. O SmartWineGlass não lhe fica atrás, isto é, um copo inteligente que vai permitir aos visitantes recordar os vinhos provados. Como? “Associas o e-mail ao copo que tem um chip. Passas o copo no sensor das diferentes bancas e, quando chegas a casa, tens um e-mail com a lista de vinhos e respetivos produtores com os quais te cruzaste durante o evento”. A tecnologia não é exatamente nova, mas está agora a ser patenteada e já ganhou, inclusive, um prémio internacional em Munique, além de estar presente nos mercados italiano, brasileiro e sueco.

O Vinocamp também foge à métrica usal do Summer WineMarket. A conferência internacional, por norma realizada em França, vem a Portugal para fomentar a discussão de temas vinícolas num formato workshop, muito embora as inscrições já tenham fechado. Mas o que importa são mesmo os vinhos, coisa que não faltar graças à presença de produtores de norte a sul do país. E porque estamos em pleno verão, o destaque vai para os brancos e espumantes — e se falamos em espumantes, falamos também na Bairrada. As Caves São João vão, por isso, participar pela primeira vez no mercado. “Em carta vão ter vinhos muito antigos a preços razoáveis”, alerta André.

O Summer WineMarket recebe o público em geral entre as 15h00 e as 22h00, em Lisboa, e os bilhetes podem ser adquiridos online, 10 euros, ou à porta do Hotel Florida, 12 euros. Caso esteja reticente, veja aqui como foi a iniciativa em 2013.

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