Portugal foi um dos 12 Estados-membros com projetos escolhidos pela Comissão Europeia para integrar o programa de financiamento NER 300, que se destina ao combate às alterações climáticas, dotado com mil milhões de euros, anunciou nesta terça-feira o executivo comunitário.

Os dois projetos portugueses entre os 19 eleitos, que receberão em conjunto 17,1 milhões de euros do programa de financiamento comunitário que recorre a receitas decorrentes dos poluidores para promover a energia limpa na Europa, são consagrados à energia fotovoltaica e à energia das ondas.

O projeto Central Solar de Santa Luzia — o primeiro do género financiado pelo programa NER, que lhe destina 8 milhões de euros – consiste numa central solar que será construída no Alentejo, estando a transferência de eletricidade prevista através de uma linha elétrica com ligação à subestação de Beja.

O segundo projeto, designado “SWELL”, de energia das ondas, e que receberá um financiamento de 9,1 milhões de euros, prevê a construção, na costa, a poucas milhas a norte da península de Peniche, de uma central de exploração em grande escala da energia das ondas ligada em rede. O projeto de Santa Luzia deverá estar operacional a partir de 01 de julho de 2017, enquanto o “SWELL” deverá entrar em operação a 01 de janeiro de 2018.

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O financiamento dos 19 projetos de 12 Estados-membros escolhidos pela Comissão provém das receitas resultantes da venda de licenças no âmbito do regime do comércio de licenças de emissão da UE, assinalando a Comissão que serão assim os poluidores “a força motriz do desenvolvimento de novas iniciativas hipocarbónicas”.

Os projetos selecionados abrangem várias tecnologias, como bioenergia, energia solar concentrada, energia geotérmica, energia fotovoltaica, energia eólica, energia das ondas, redes inteligentes e, pela primeira vez, a captação e armazenamento de carbono.

“Com estes projetos únicos, iremos contribuir para proteger o clima e tornar a Europa menos dependente da energia. Trata-se de um contributo para reduzir a fatura energética da Europa de mais de mil milhões de euros por dia que pagamos pelos combustíveis fósseis importados”, comentou a comissária europeia responsável pela ação climática, Connie Hedegaard.