O “BES não é responsável pelas dívidas” da família Espírito Santo, afirma José Maria Ricciardi numa nota enviada aos seus colaboradores e parceiros, que é citada pelo Público. O presidente executivo do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) acrescenta: “sobre a capacidade financeira da ESI, Rioforte e ESFG, assim como de outras empresas, e o seu potencial impacto sobre o BES e as suas subsidiárias, gostaria de enviar uma mensagem de confiança e de encorajamento sobre o futuro”.
O banqueiro, segundo o jornal, sublinha que, após o aumento de capital realizado em junho e que possibilitou ao BES recolher mais de mil milhões de euros “e a reestruturação organizacional acordada com o Crédit Agricole, a familia Espírito Santo já não controla o BES”, embora detenha, através da Espírito Santo Financial Group 25,1% da instituição financeira. José Maria Ricciardi acrescenta que “há actualmente uma separação clara entre os negócios do BES e os seus accionistas” e que “toda a informação que tem surgido na imprensa e nos mercados sobre pagamentos em falta são referentes a empresas da família ou por ela controladas”.
Na nota citada pelo Público, o banqueiro, que falhou uma tentativa de suceder a Ricardo Salgado na liderança executiva do BES, realça, também, que a exposição do banco às empresas detidas pela família Espírito Santo “está dentro dos limites possíveis”. José Maria Ricciardi conclui ao afirmar que o BESI, detido na totalidade pelo BES, “sempre beneficiou da captação de capital e de liquidez” proporcionada por aquele banco, mas sublinhou que o BESI “é também uma entidade legal e autónoma que responde perante o Banco de Portugal”.