O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que não comenta situações de bancos individualmente, em resposta a perguntas sobre o BES, mas reconhece que apesar do desempenho positivo durante a crise ainda subsistem bolsas de vulnerabilidade que exigem medidas para corrigir a situação e inspeções aos bancos.
“O sistema financeiro português foi capaz de resistir à crise sem disrupções significativas, apoiado pelo substancial apoio público e pelas medidas extraordinárias do BCE. No entanto, como o Banco de Portugal reconhece, continuam a existir bolsas de vulnerabilidade, que exigem medidas corretivas em alguns casos e supervisão intrusiva em outros”, diz o FMI.
Numa nota enviada às redações em resposta aos múltiplos pedido de comentário e perguntas sobre a situação do banco, o FMI recusa no entanto comentar a situação dos bancos em termos individuais.
As ações do BES tiveram de ser suspensas das negociações na Bolsa de Lisboa e assim ficaram até ao final, à espera de informação relevante que ainda não foi conhecida no mercado. As ações perdiam mais de 17% na altura que foram suspensas, ainda antes das 13:00.
Pela Europa fora, as bolsas tiveram um dia negativo e os analistas apontaram os receios com a situação do BES como razão para as tensões nos mercados.