Os metropolitanos de Lisboa e do Porto registaram uma subida de 0,7% de passageiros no primeiro trimestre deste ano, com 48,1 milhões de pessoas transportadas, o que contrasta com a queda de 13,9% em termos homólogos. O Instituto Nacional de Estatística (INE) destaca esta subida, comparando-a com a queda de 13,9% verificada nos primeiros três meses de 2013 e que classifica como “a mais expressiva de uma trajetória decrescente iniciada no segundo trimestre de 2011”.
O Metropolitano de Lisboa registou uma subida de 0,8% em termos homólogos, num total de 34,5 milhões de passageiros transportados, que se ficou a dever sobretudo ao aumento registado em março (3,3%). A taxa de utilização fixou-se em 24,2%, acima da registada no mesmo período do ano passado. O metro do Porto registou 13,6 milhões de passageiros transportados nos três primeiros meses de 2014, revelando um aumento de 0,5%. A taxa de utilização situou-se em 17,1%, inferior à registada no quarto trimestre de 2013.
Quanto aos comboios, foram utilizados no primeiro trimestre por 31,5 milhões de passageiros, mais 3,5% em termos homólogos, uma subida que “vem reforçar o aumento de 1,1% verificado no trimestre anterior” e que “interrompeu um período de 10 trimestres consecutivos de diminuição do número de passageiros transportados”.
O transporte fluvial também manteve a redução no número de passageiros, com 5,8 milhões de pessoas transportadas, uma queda de 2,8%.
A rede suburbana de comboios transportou 28,1 milhões de passageiros, equivalente a um ganho de 2,8% em termos homólogos, assim como o transporte ferroviário interurbano registou uma subida de 9,2% no número de passageiros, completando três trimestres consecutivos com variações positivas. A subida mais expressiva, diz o INE, coube ao transporte internacional, que registou um aumento de 28% no número de passageiros.
Por sua vez, o transporte fluvial também manteve a redução no número de passageiros, com 5,8 milhões de pessoas transportadas, uma queda de 2,8%. De acordo com o INE, o primeiro trimestre deste ano foi o que registou o menor número de movimento de passageiros nas travessias fluviais nos últimos três anos.
Uma das principais causas para este resultado foi a a redução na travessia do rio Tejo (96,8% do total), que caiu 1,4%. Verificaram-se ainda diminuições em todas as travessias fluviais, nomeadamente no rio Sado, ria de Aveiro e ria Formosa (-9,4%, -22% e -63,8%, respetivamente). Já o movimento de passageiros nos aeroportos portugueses (embarcados e desembarcados) aumentou 6,5%, totalizando 6,1 milhões de passageiros.
Os destinos e origens localizados na União Europeia concentraram 76,2% do total dos passageiros em tráfego internacional.
O aeroporto de Lisboa, acrescenta, concentrou 55,7% do total de passageiros movimentados no primeiro trimestre e registou “um assinalável crescimento de 8,8% no número de passageiros movimentados”, além das subidas verificadas nos aeroportos do Funchal (7%) e Porto (6,9%). Os voos em tráfego comercial internacional transportaram 83,1% dos passageiros movimentados, tendo o tráfego regular assegurado 96,9% dos movimentos de passageiros.
Os destinos e origens localizados na União Europeia concentraram 76,2% do total dos passageiros em tráfego internacional, enquanto os restantes países da Europa representaram 7,4%, correspondendo 16,4% aos restantes destinos para fora da Europa. No primeiro trimestre, as companhias portuguesas transportaram 48,8% dos passageiros nos aeroportos nacionais, mantendo os operadores do Reino Unido (14,1%) e da Irlanda (12,2%) as posições de destaque.
Nos primeiros três meses deste ano, aterraram 30,3 mil aeronaves nos aeroportos nacionais, mais 3,3% em termos homólogos, valor para o qual contribuíram sobretudo os aumentos no número de aeronaves aterradas no Continente (4%) e na Madeira (5,5%). Na região dos Açores continuaram a ocorrer quedas no número de aeronaves aterradas, pelo nono trimestre consecutivo, tendo-se verificado uma redução de 3,1% neste trimestre.