A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta terça-feira a detenção, em Lisboa, de três homens e uma mulher por suspeitas da prática continuada de crimes de burla informática, conhecida por “phishing”, tendo o grupo conseguido mais de 70 mil euros.
Na investigação realizada nos últimos meses, foi possível apurar que os quatro detidos, “atuando de forma organizada, colaboravam entre si para ilicitamente se apoderarem de quantias monetárias de terceiros, através da utilização ilícita da “banca online”, refere a PJ.
Em comunicado, a PJ acrescenta que no âmbito da “complexa investigação” foi ainda possível identificar e constituir como arguidos outros suspeitos que cooperavam com os detidos e determinar o seu papel no esquema fraudulento, os quais atuavam como angariadores e portadores das quantias ilicitamente conseguidas.
Os elementos até agora apurados permitem, segundo a PJ, atribuir a este grupo a responsabilidade por uma apropriação global na ordem dos 70 mil euros, valor que tenderá a ser mais elevado com a identificação de novos casos que lhe são imputáveis.
Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. A PJ refere ainda que prossegue a investigação e alerta para que os utilizadores do serviço “banca online” adotem medidas complementares de segurança.
“Tendo atenção aos ‘avisos de fraude’ frequentemente divulgados pelos bancos nos próprios sites institucionais; não preenchendo ou não entregando em páginas da Internet os dígitos relativos ao chamado ‘cartão matriz’”, sublinha aquela força de investigação.
A PJ adverte também que a cedência da utilização de contas bancárias próprias para facilitação de receção de dinheiros movimentados ilicitamente, ou de cuja proveniência não esteja certo de ser legítima, constitui um crime punível com pena de prisão.