O editor de finanças do Financial Times assina um artigo de opinião no jornal, na edição desta terça-feira, em que antecipa, logo no título, que é pouco provável que o que se passa na família Espírito Santo tenha um final feliz.

No artigo, Patrick Jenkins começa por dizer que a “saga” que se está a passar no grupo e no banco da família Espírito Santo lembra que os “bancos da periferia do euro ainda estão frágeis”, que a perceção dos investidores ainda é volátil, que os contribuintes já não estão dispostos a resgates e até dá uma lição, de que os grandes familiares e com efeito sistémico “podem ser muito problemáticos”. Apesar de lembrar que a história ainda está a acontecer, o editor do FT considera que essa poderá significar o “triste fim para uma dinastia orgulhosa”, que remonta ao século XIX.

Jeckins recorda que, enquanto na América Latina e Ásia estes bancos familiares ainda são a norma, já em muitos mercados ocidentais, a maioria dos bancos familiares atuam em nichos de mercado, caso da dinastia Rothschild. Já o Santander, em Espanha, compara Jeckins, é o “caso raro de um banco dinástico globalmente relevante”, da família Botín, e que apesar de alguns problemas em mercados-chave está saudável.

Patrick Jenkins lembra ainda os críticos que dizem que os interesses dos membros da família Espírito Santo estão a distorcer a estratégia do banco, porque dependem de dividendos, e considera que a questão pode ir mais longe, com as alegadas irregularidades na ‘holding’ familiar de topo a fazer pressão financeira sobre algumas partes da dinastia familiar.

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