O presidente do Conselho de Administração do BIC, Fernando Teles, confirmou que o grupo, através de Portugal ou de Angola, poderá comprar bancos atualmente à venda em Portugal, caso se revelem “bons negócios”.

“Estamos analisar alguns bancos em Portugal que estão à venda, mas não temos nenhuma decisão. Até porque temos o compromisso com o Governo português de, através do BIC Portugal, não fazer mais investimento ou fazer investimentos pequenos”, disse à agência Lusa Fernando Teles, questionado sobre o interesse na compra de redes ou carteiras de ativos das operações do Barclays ou BBVA em Portugal.

Através do banco BIC português uma eventual operação está condicionada pelo acordo de compra ao Estado do Banco Português de Negócios (BPN), que limita outras aquisições durante mais três anos.

Contudo, questionado pela Lusa em Luanda, o administrador admitiu a possibilidade de recorrer ao banco em Angola, em caso de interesse num negócio. “Temos sempre hipótese de o fazer via BIC Angola, mas só faremos algum investimento se acharmos que é um bom negócio. Caso contrário não faremos”, enfatizou.

Além destes bancos estrangeiros, interessados em desinvestir no retalho em Portugal, Fernando Teles afirmou que o grupo BIC vai entretanto avançar, no mercado português, com o ramo dos seguros. “Precisamos de crescer, queremos crescer, mas não queremos crescer a qualquer custo e com muito risco. Queremos crescer com pouco risco e com os pés assentes no chão”, rematou o administrador do grupo BIC.

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