A REN fechou o primeiro semestre com um lucro de 58,3 milhões de euros, menos 9% do que no período homólogo de 2013, penalizado pela contribuição especial sobre o setor energético, prevista no Orçamento de Estado para 2014.

“Excluindo este fator extraordinário, o resultado líquido recorrente cresceu 16,8%, para 72,3 milhões de euros, suportado pela melhoria do resultado financeiro”, adiantou a empresa liderada por Rui Vilar em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A contribuição sobre as empresas do setor energético é aplicada a todos os ativos de energia, desde a produção, transporte e distribuição de eletricidade até à cadeia de abastecimento de gás natural, passando pelo sector petrolífero. Será cobrada uma taxa de 0,85% sobre os ativos detidos pelas empresas do setor a 1 de janeiro de 2014.

A REN terá que pagar cerca de 24 milhões de euros, estando cerca de metade do valor refletido no resultado líquido do primeiro semestre.

Nos primeiros seis meses do ano, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) caiu 3%, para 252,2 milhões de euros, com a expansão da remuneração da base de ativos (em 1,5 milhões de euros) e a redução dos resultados operacionais a minimizar o impacto da quebra na remuneração dos terrenos hídricos e a reversão de uma imparidade extraordinária em 2013.

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A dívida líquida da gestora das redes elétrica e de gás recuou cerca de 1,9% nos primeiros seis meses do ano face ao período homólogo, atingindo os 2.452 milhões de euros.

Em junho, a REN deixou de ter qualquer participação do Estado, depois da conclusão do processo de privatização, com a venda de 11% do capital que estavam nas mãos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da Parpública. Com esta operação, o Estado encaixou cerca de 157 milhões de euros.

Na quarta-feira, a Moody’s subiu o rating da REN para “Baa3 Investment grade”, com ‘outlook’ estável, sendo “a empresa portuguesa melhor avaliada em termos de rating, fruto de um processo de refinanciamento conduzido com sucesso”.