“O mundo inteiro está intimidado com o assassinato brutal de James Foley. Nenhuma fé ensina a matar inocentes (…) Um grupo como o Estado Islâmico não tem lugar no século XXI”, foram estas as palavras de Barack Obama, presidente norte-americano, em reação à decapitação do jornalista James Foley. O Estado Islâmico (EI) alegou que o fez como resposta à ofensiva militar dos norte-americanos contra o grupo extremista no norte do Iraque. E foram mais longe, ameaçando acabar com a vida de um outro jornalista — Steven Sotloff — que estará em cativeiro, deixando assim a bola do lado norte-americano.

Obama, que chamou “cancro” ao EI, com uma “ideologia falida”, deixou claro que “os EUA continuarão a fazer o que for necessário para proteger o seu povo.” Dito e feito: pouco depois de terminar a sua declaração, o Pentágono anunciou que o exército norte-americano acabara de atacar nos subúrbios de Mosul, no Iraque, com 14 investidas aéreas que destruíram e danificaram viaturas e explosivos do Estado Islâmico.

Obama falou depois de FBI e Casa Branca confirmarem a veracidade do vídeo de um elemento do EI a decapitar James Foley. Outro foco de interesse é a nacionalidade do carrasco do jornalista, que poderá ser britânica. Este desenvolvimento obrigou David Cameron, o primeiro ministro inglês, a interromper as suas férias e a reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Philip Hammond. Este último informou que está em curso uma investigação “urgente” em cooperação com os Estados Unidos e admitiu que o assassino de Foley poderá ser britânico. “Sem dúvida, em princípio é o que parece e obviamente queremos investigar mais”, disse. E rematou: “Sempre dissemos que os combatentes estrangeiros que viajam para a Síria não vão para lá ser espectadores”, disse à France-Press.

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